Sem saber, mecânico diz que ajudou padrasto suspeito de matar menino a carregar caixa com corpo

 Um mecânico, que preferiu não se identificar, disse ao G1 que ajudou a carregar uma caixa de papelão sem saber que dentro estava o corpo do menino Antônio Jorge Ferreira da Silva, de 9 anos, morto ao ser enforcado por um lençol. Segundo a Polícia Civil, a mãe da criança, Geane da Silva de Oliveira, de 27 anos, e o companheiro dela, Renato Carvalho Lima, de 20, foram presos suspeitos do crime, ocorrido em Goiânia.

O rapaz, de 19 anos, afirmou que chegava na oficina onde trabalha, localizada no Setor Nunes de Morais, no sábado (20), onde encontrou Renato, cuja mãe morava em um imóvel no segundo andar do estabelecimento.

"Quando cheguei, vi o Renato arrastando uma caixa do depósito. Aí ele pediu ajuda para colocar a caixa nas costas dele. Estava bem pesada, mas não perguntei o que era nem senti cheiro diferente. Ele saiu e não o vi mais. Eu nunca imaginei", disse o mecânico, que foi contratado há cerca de uma semana.

Segundo as investigações, o crime foi cometido na noite de sexta-feira (19). Renato, então, esperou amanhecer e depois teria levado o corpo para um matagal perto da oficina. Ao ser preso, segundo a polícia, ele confessou que cometeu o crime a pedido de Geane. A Polícia Civil não informou se a mãe admitiu ou não participação no homicídio.


O dono da oficina, Edilson Brito da Silva, disse que a mãe de Renato morava no sobrado há cerca de dois anos. Ele também viveu com ela, mas se mudou a cerca de quatro meses. Ambos gozavam da confiança do proprietário e tinham livre acesso ao local.

"No sábado, também o vi saindo de dentro da oficina com a caixa. Ele disse que eram coisas velhas e que estava jogando fora. É complicado... saber que um inocente foi morto. Também sou pai. Nunca tinha suspeitado dele, era um rapaz muito calado", afirmou.
[G1 GO]

www.vejabaixagrande.com.br

Informações Adicionais