Polícia desmonta grupo que usa menores para furtar celular em 8 estados

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A Polícia Civil do Distrito Federal iniciou nesta terça-feira (20) uma operação para prender um grupo que furtava celulares de shoppings e lojas de operadoras telefônicas, "empregando" adolescentes. Segundo a Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), os chefes do grupo pagavam entre R$ 500 e R$ 1 mil pelos serviços e ainda davam um celular para os jovens que fizessem os furtos.

"Em algumas das ações, os menores entravam nas lojas durante o dia e se escondiam atrás de camas e até na tubulação dos shoppings para entrar nas lojas após elas fecharem", informou o delegado-chefe da DRF, Fernando César Costa. Ao entrarem, os rapazes colocavam tudo em mochilas e só saíam de madrugada, sem serem incomodados por seguranças.

Os adolescentes também contavam com advogado, caso fossem flagrados pela polícia cometendo os crimes. Eles também tinham motoristas à disposição, que ajudavam a fugir em dois carros considerados de alto padrão, que também pertencem ao bando.

As investigações apontam que 1.225 celulares foram levados em todo o país. Considerando apenas 5 das 47 ocorrências de furtos entre janeiro de 2015 e agosto de 2016, o prejuízo é estimado em R$ 2 milhões. Entre outros pontos, os celulares eram revendidos em feiras de Brasília por receptadores.

A ação

Nesta terça, a operação "Parasitus" é concentrada em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do DF. Segundo a polícia, um dos integrantes do grupo chegou a construir uma casa com piscina na cidade.

Ao todo, foram expedidos 45 mandados de busca e apreensão e 32 de prisão. Nesta primeira fase, todos os alvos são maiores de idade. Pelo menos 250 policiais foram mobilizados na operação.

Até a última atualização desta reportagem, três carros e um colete a prova de balas haviam sido apreendidos.

[G1BA]

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