Mulher encontrada morta em saco foi vítima de asfixia e teve órgãos genitais dilacerados, diz polícia

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Cláudia Santana de Oliveira, de 26 anos, encontrada morta dentro de um saco na casa do companheiro, foi asfixiada e teve os órgãos genitais dilacerados. A informação foi divulgada pela Polícia Civil, durante coletiva à imprensa, em Salvador, na manhã desta segunda-feira (7).

O principal suspeito, o companheiro da vítima, Edgar Pereira Costa, de 46 anos, nega o crime e conta outra versão, segundo a polícia. "Ele alega, quando foi interrogado, que estava bebendo com ela na porta de casa e que, na discussão, houve um empurra-empura. Quando empurrou, ela caiu e acabou caindo de perna aberta. E quando ela caiu com a perna aberta, bateu no meio fio e acabou tendo uma lesão no órgão genital com sangramento", detalha a delegada Marta Rodrigues Menezes de Aguiar, coordenadora da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico).

A versão do suspeito, entretanto, é desmentida pela polícia. "A versão dele não é condizente com a verdade. Previamente, a gente conversou com o médico-legista. O médico-legista falou que ela teve uma perfuração no órgão genital. Foi introduzido algum material perfuro-cortante contundente, que ainda não se sabe ainda, que faltam ainda os laudos para a confirmação desse fato. Houve uma dilaceração [dos órgãos genitais]. A causa da morte foi asfixia. Possivelmente, ele deve ter incorrido nessa introdução e, em seguida, ele asfixou ela. A gente só vai poder confirmar isso com laudo", acrescenta a delegada.
A vítima foi encontrada morta no banheiro da casa, por familiares dela, que suspeitaram do desaparecimento. O casal estava junto há cerca de sete meses e residia no bairro de Itapuã, em Salvador. "Ele é autor de crime de feminicídio, por conta de tudo que ele fez", atesta a delegada.

O suspeito, que é pedreiro, foi preso no município de Itabuna, no sul do estado. Ele estava fugindo para a casa de familiares, quando foi interceptado por policiais da cidade em ônibus na BR-101. A ação foi realizada após a polícia de Salvador emitir alerta. Na ocasião, Edgar Pereira teria dito que não avisou sobre a morte da vítima porque ficou com medo.

[G1 BA]

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Marcelo Barbosa JP